Esse é um assunto bem delicado e polêmico. Difícil te dizer em métricas um resultado esperado em relação ao processo terapêutico. Também penso que ajudar é algo bem particular, você já deve ter percebido que, por exemplo, você pode ter a solução do problema de tanta gente e por qual motivo essas pessoas não te escutam?

Pois é, ajudar significa oferecer algo para alguém que tem abertura para receber. Além de ter abertura para receber, também deve ter a confiança para receber o que é oferecido. No entanto, numa sessão terapêutica, muitas vezes, o que é oferecido é subjetivo: é um acolhimento, uma escuta, um espaço.

E você pode pensar assim, “Tá bem, mas efetivamente, como isso me ajuda? Posso conversar com minha/meu amiga/o e daria no mesmo...” Sim, você pode pensar assim, mas te garanto que temos algumas diferenças.

A primeira delas é o contrato que você tem no encontro terapêutico. É um contrato profissional. Ou seja, você está ali naquele espaço por um determinado período - de tempo e frequência - e vai explorar sua necessidade seguindo uma metodologia de escuta e intervenção do profissional que está ali para te atender.

Outra coisa, não cabe ao profissional te salvar de nenhuma situação, nem interferir em suas escolhas. Muitas vezes, no calor da emoção com nossos amigos, acabamos nos envolvendo nas situações e tomando partido, talvez você já tenha passado por isso... Em terapia, isso é muito mais raro de acontecer. O espaço é seu para você expressar o que quiser, insatisfações, frustrações, medos, angústias, sucessos e tudo o mais que fizer sentido.

Muitas vezes o papel do terapeuta é te ajudar a colocar legenda nos sentimentos e emoções que te povoam. Mas, como sempre digo, ninguém melhor do que você mesma/o para saber o que está acontecendo dentro de você. Então, posso dizer que, terapia seria um espaço de fala e escuta para legendar, traduzir, colocar em palavras, aquilo que de alguma forma está aí.

Você pode ser muito beneficiada/o por isso. Sabe como?

Que tal testar observar por alguns instantes como você está nesse momento da sua vida em relação a sua qualidade de sono, qualidade do seu apetite e escolhas alimentares? Como anda sua relação profissional, seu sentimento de desafio nas suas entregas? Como estão suas relações com amigos, afetos, relacionamentos sexuais? Como anda sua curiosidade pelo dia, pela sua vida, pelas suas emoções? Como está seu sentimento de gratidão? Como anda seu ceticismo, suas críticas, reclamações, seu sentimento de injustiça... 

Todas estas reflexões são temas de discussão e pontos que podem ser trabalhados em processos terapêuticos. O que acha de testar? Caso tenha ficado curiosa/o, vou gostar de conversar com você, me mande sua dúvida ou comentário.

Espero que você tenha gostado do artigo, se ficou com dúvida deixe um comentário abaixo!

Grande abraço!

Até o próximo artigo!