Obesidade: A culpa não é sua

Jack Crozara • May 4, 2021

Dê uma olhada nas fotos de família de seus pais ou avós, talvez você verá pessoas bem magras.

Em geral, as mulheres usavam manequim 38 e os homens exibiam 80 centímetros de cintura. O excesso de peso era medido em apenas alguns quilos. A obesidade era rara. Quase não se viam crianças gordas, cinturas de 105 centímetros e adolescentes pesando 90 quilos. 


É de se admirar que nas décadas de 1950 e 1960, donas de casa que não trabalhavam fora, além das outras pessoas daquela época, eram tão mais magras que as pessoas que vemos hoje na praia, no shopping ou em nossos próprios espelhos. Normalmente as mulheres daquele tempo pesavam entre 49 a 52 quilos, e os homens, entre 67 a 75 quilos. Atualmente as pessoas carregam 25, 30, até mesmo 90 quilos a mais.

As mulheres daquele tempo pesavam entre 49 a 52 quilos

As mulheres daquela época não se exercitavam nem um pouco. Era incomum ver mulheres calçando tênis e saindo para correr uns cinco quilômetros para emagrecer. Exercício era passar o aspirador na escada. Hoje, basta uma pequena volta na cidade, nos parques para se deparar com dezenas de pessoas correndo, pedalando suas bicicletas, praticando marcha acelerada e mesmo assim, a cada ano que passa, as pessoas estão engordando cada vez mais.


É de se pensar que talvez o problema com a dieta e a saúde da maioria das pessoas não é a gordura, não é o açúcar, nem o surgimento da internet ou o abandono do estilo de vida rural, mas sim o consumo de trigo – ou aquilo que estão nos vendendo com o nome de “trigo”.


Aquele bolinho de farelo ou uma ciabatta de cebola, não é, de modo algum, trigo realmente, mas um produto transformado, resultante de pesquisas genéticas realizadas durante a segunda metade do século XX. O trigo moderno tem tão pouco a ver com o trigo verdadeiro quanto um chimpanzé tem a ver com um ser humano, pois, embora eles compartilhem 99% dos genes humanos é fácil perceber a diferença que esse 1% representa.


Pode ser que o aumento do consumo de grãos com esse trigo geneticamente modificado explique o contraste entre as pessoas sedentárias e esguias da década de 1950 e as pessoas com sobrepeso do século XXI.


Efeitos nos seres humanos, já documentados, quando há o consumo do trigo, incluem a estimulação do apetite, a exposição do cérebro a exorfinas (equivalentes às endorfinas, produzidas internamente), picos exagerados de açúcar no sangue que acionam ciclos de saciedade alternados com um aumento do apetite, a glicação, processo que está por trás de algumas doenças e do envelhecimento, inflamações e alterações de pH, que provocam o desgaste de cartilagens e prejudicam os ossos, e a ativação de distúrbios nas respostas imunológicas. Assim como a presença de doenças desde a doença celíaca até transtornos neurológicos, diabetes, doenças cardíacas, artrite, estranhas urticárias e os delírios da esquizofrenia.



Atualmente as pessoas carregam 25, 30, até mesmo 90 quilos a mais.

E é aí que está o impacto quando se retira o consumo do trigo, há uma melhora significativa na qualidade de vida. Um grande benefício do não consumo é que a gordura da barriga protuberante diminui, há perda de peso significativa. Além de melhorias como as dores vindas da colite ulcerativa e as dores nas articulações.


A questão é que, inadvertidamente, trocamos saúde por conveniência!


Muitos sentem-se culpados, revendo as calorias consumidas, a falta de atividade física. Mas, talvez, seja mais correto afirmar que o conselho de comer mais “cereais integrais, porque é mais saudável”, tenha privado do controle sobre o apetite e os impulsos alimentares, acarretando no aumento de peso e uma saúde pouco saudável, apesar dos melhores esforços e boas intenções.


A culpa não é sua!


É como dizer a um alcoólatra que, se um gole ou dois não vão fazer mal, nove ou dez podem até fazer bem. Seguir esse conselho tem repercussões desastrosas sobre a saúde.


A culpa não é sua!


Se você se vê carregando peso a mais e uma incômoda barriga tentando em vão se espremer para caber nos jeans do ano passado, garantindo a sua nutricionista que, não comia porcarias, mas ainda está com sobrepeso, pré-diabetes, pressão alta e colesterol elevado pense em dar adeus ao consumo de trigo.


O que você tem a perder?



Jack Crozara

Jack Crozara

NUTRICIONISTA: Minha missão é te ajudar a ter uma relação mais saudável com você e com a alimentação. Atuo como nutricionista, com uma abordagem em nutrição terapêutica, aliando mente, emoções e corpo para um resultado mais eficaz e duradouro.


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