Especialista em desenvolvimento mental esportivo, fundadora da M3S Coaching, criadora do método 3S - Alto Rendimento Sustentado (Self Sustained Sufficiency). Ajuda profissionais e atletas a obterem resultados através do fortalecimento mental.
Intestino: O segundo cerebro do corpo humano
Você já ouviu falar que seu intestino é o seu segundo cérebro? Esse cérebro “independente” em nosso corpo com sua complexa comunidade microbiana influencia diretamente em nosso bem-estar geral.
Pois hoje em dia já existem diversos estudos que nos comprovam o quanto o intestino está relacionado a uma boa saúde, boa imunidade e a uma boa saúde mental, muitos profissionais da área da saúde já o intitulam como “conexão cérebro – intestino”.
O termo pode ser novo pra você, mas é provável que em algum momento da sua vida você já tenha sentido sintomas como:
- Uma leve dor de barriga antes de uma viagem importante ou muito esperada, antes de uma entrevista de trabalho ou até mesmo de uma apresentação em público.
- Náuseas às vésperas de um evento ou palestra.
- A famosa sensação de borboletas no estômago antes de encontrar uma pessoa amada.
Essas sensações não acontecem por acaso. Todo o seu trajeto digestório e o seu trato gastrointestinal é sensível a todas suas emoções. Por isso, quando você sente tristeza, raiva, medo, euforia, entre outras coisas, pode sentir também sintomas no seu intestino.
O cérebro tem um enorme poder sobre o trato digestivo e o contrário também é verdadeiro. Se você somente pensar em comer algo pode liberar suco gástrico no seu estômago, assim como um intestino com problemas pode enviar a mensagem para o cérebro. Alguns estudiosos de Harvard já desconfiam que os problemas como ansiedade e depressão podem estar totalmente relacionados a problemas intestinais.
Outro fator importante é que 90% do neurotransmissor serotonina é produzido pelo intestino, por células presentes no sistema gastrointestinal. É produzido e utilizado ali mesmo. Esses mesmos elementos bioquímicos utilizados para a construção de neurotransmissor no intestino devem ser assimilados, aproveitados e distribuídos para produzir a serotonina no cérebro.
E qual a relação da nossa alimentação com isso? Quando você come de maneira errada, exagerada em alimentos industrializados com alto nível inflamatório, essa sinalização é conduzida até o cérebro através de um nervo que é o responsável por ligar o eixo intestino – cérebro chamado nervo vago.
Em resumo, o que você come influencia na saúde do seu intestino que influencia na saúde do seu cérebro e dos seus neurotransmissores.
Um estudo publicado no periódico científico Cell resolveu investigar justamente o papel da microbiota na produção de serotonina em camundongos. Os pesquisadores começaram analisando os níveis periféricos de serotonina em camundongos com populações normais de bactérias intestinais e também naqueles livres de micro-organismos (com microbiota zerada).
Segundo o estudo, camundongos sem flora intestinal produziam aproximadamente 60% menos serotonina do que seus pares com uma microbiota normal e íntegra. Quando esses camundongos livres de germes foram recolonizados com micro-organismos intestinais normais, os níveis de serotonina voltaram a subir – mostrando que o déficit de serotonina pode ser revertido.
Sendo assim, podemos concluir que o primeiro passo para ativar a serotonina e aumentar a produção deste neurotransmissor tão importante pode estar justamente em manter seu intestino saudável.
Quando falamos em serotonina, temos forte relação a sintomas de depressão. Mas é preciso ficar atento, pois sempre que falamos em depressão, a imagem que vem à mente da maioria das pessoas é tristeza, mas não é somente isso.
Comece cuidando do seu intestino
- Beba bastante água durante seu dia
- Utilize probióticos na sua dieta
- Cuide do seu sono
- Reduza o consumo de produtos industrializados, processados e ultraprocessados
- Diminua o consumo de doce
Lembre-se que ir ao banheiro muitas vezes também não é sintoma de um intestino saudável, procure um profissional da saúde para lhe auxiliar em dúvidas e problemas.
Grande abraço!
Até o próximo artigo!